domingo, 26 de janeiro de 2014



E quando nos vimos já pisamos o charco de nossas infinitas obsessões, alegres convivas das noites sem prumo, centauros então voltam a lutar em nossas almas, zomba a natureza das mais justas pretensões de uma vida, e por pouco um único instinto não desfaz a promessa de sermos acolhidos, troveja o céu sobre nosso pequenino mundo, e uma farpa da realidade já nos fura os olhos mal abertos, e ora perplexos da dissonância de tantos humores, perdemos as coisas mais próximas, e aprendemos tudo sobre nada mais dizer.

Jason de Lima e Silva

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014



Dorme. Acorda. Olhos abertos. Mil cavalos galopam furiosamente por nuvens e nuvens de ideias. É madrugada. Nada se espera, o que está feito, está feito. Os animais bebem ao longo do rio. Ali, no deserto do mais raro sol, saber-se mortal é também amar o que se perde. Afinal, quem suportaria a eternidade? O murmúrio de nossos ancestrais e o último alento da noite. Dorme. A vida é um sonho sem volta.


Jason de Lima e Silva